quinta-feira, 31 de março de 2011

Grávidas que se alimentam mal passam este hábito para os filhos

Estudo australiano mostra que dieta durante a gravidez e amamentação influencia nas escolhas dos filhos


Gravidez

SÃO PAULO - Um estudo da Universidade australiana de Adelaide indicou que as mães podem ser as maiores culpadas pelas escolhas por comidas gordurosas e cheias de açúcar de seus filhos. De acordo com pesquisa feita em ratos, o feto da fêmeas que seguiam este tipo de dieta apresentaram uma alteração no cérebro, o que fez com que eles dessem preferência para este tipo de comida.

A descoberta foi feita a partir da observação de dois grupos de ratos. Durante o período de gestação e lactação, um grupo de fêmeas foi alimentado com ração e outro com comida humana comum, cheia de gordura e açúcar. Após o nascimento, os filhotes de ambos grupos puderam escolher o que iriam comer. O grupo que escolheu a opção menos saudável com mais frequência pertencia ao grupo de mães com o mesmo hábito. Analisando o cérebro dos animais, os pesquisadores verificaram que estes ratos, após o término do período de amamentação, apresentavam níveis maiores de receptores de opióides.

Embora a experimentação tenha ocorrido em ratos, o estudo sugere que o mesmo possa ocorrer com seres humanos, ou seja, mães que seguem uma dieta rica em gordura e açúcar durante a gravidez e na amamentação têm mais chances de terem filhos que darão preferência para este tipo de alimento no futuro. Os pesquisadores acreditam que os avanços neste tipo de pesquisa poderão ajudar a convencer mulheres grávidas a adotarem um dieta mais saudável, priorizando o consumo de vegetais, verduras e frutas em detrimento de guloseimas. 

Veja Também:

Estudo mostra relação entre crescimento do cérebro e amamentação


Amamentação

SÃO PAULO - O crescimento cerebral em bebês está diretamente ligado à energia "investida" pela mãe. É o que diz um estudo publicado nesta segunda-feira, 28, realizado com 128 espécies de mamíferos, incluindo seres humanos. Os resultados mostram que o desenvolvimento do cérebro tem forte relação com a duração da gravidez e com o tempo de amamentação.

Segundo a pesquisa da Universidade de Durham, no Reino Unido, quanto mais longo o período de gravidez e de amamentação, maior é o crescimento do cérebro. Os pesquisadores afirmam que os resultados reforçam a hipótese de que a amamentação é crucial para o desenvolvimento cerebral dos recém nascidos.

Publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, a pesquisa ajuda a explicar porque os humanos, que amamentam seus bebês por até três anos, têm um período tão longo de dependência, necessário para garantir o crescimento do cérebro, que tem em média 1300cm³.

Em comparação, espécies como os veados, que têm aproximadamente o mesmo peso corporal dos seres humanos, têm um período de gravidez de sete meses e amamentam por até seis meses, resultando em cérebros de apenas 220cm³, cerca de seis vezes menor do que o cérebro humano. Agora, mais pesquisas serão necessárias para determinar exatamente como as mudanças nas fases de crescimento pré e pós-natal afetam a estrutura do cérebro.


Fonte: Site Estadão


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