Os irmãos queriam elevar o valor de US$ 65 milhões que já ganharam de Mark Zuckerberg
Gêmeos Winklevoss |
Mark Zuckerberg, dono do Facebook, não precisará pagar nenhum centavo a mais aos gêmeos Winklevoss, que reivindicam a criação do site de relacionamento quando todos eram estudantes da Universidade Harvard, entre o fim de 2003 e começo de 2004.
A decisão, tomada por uma corte de apelações da Califórnia, mantém o acordo acertado entre as duas partes três anos atrás, posteriormente rejeitado pelos dois irmãos e mais um amigo.
Apesar da derrota, Tyler e Cameron Winklevoss e o parceiro deles no processo, Divya Narendra, continuarão com direito a um fortuna estimada em US$ 180 milhões, entre ações da empresa e a quantia que cada um já recebeu em dinheiro. Os três diziam ter direito a um valor superior porque, quando firmaram o acordo três anos atrás, o Facebook teria omitido o verdadeiro preço das ações da empresa.
A batalha judicial entre Zuckerberg e os Winklevoss, que durou seis anos, esteve no centro da trama do filme A Rede Social. Os irmãos argumentam que o dono do Facebook se apropriou da ideia deles de criar um site de relacionamentos chamado ConnectU - na época, já existiam outros na internet, como o Orkut, Friendster e MySpace.
Zuckerberg havia sido convidado pelos gêmeos e Narendra para desenvolver o site. Mas, paralelamente, criou o Facebook junto com o brasileiro Eduardo Saverin. Quando os irmãos tomaram conhecimento, o site já era um sucesso e o ConnectU acabou fracassando. Atletas olímpicos no remo, vindos de uma família aristocrática, os irmãos decidiram recorrer à Justiça.
No fim, conseguiram o acordo de US$ 65 milhões, que praticamente triplicou hoje com o avanço do site nos últimos anos, com meio bilhão de usuários. Mas, depois de assinarem, foram aconselhados por seus advogados a tentar elevar o valor pela suposta falta de conhecimento de quanto faturava o Facebook.
A decisão de ontem encerra a disputa e o juiz responsável foi bem duro com os irmãos. "Os Wiklevoss não são os primeiros que tentam conseguir na Justiça o que não conseguiram via concorrência no mercado", escreveu o juiz Alex Kozinski no texto para explicar a sentença.
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